O uso de um Storyboard no desenvolvimento de um pitch para projetos digitais visa visualizar e comunicar de forma clara e envolvente a história da iniciativa, desde o discovery até o desenvolvimento. Ele é composto por ilustrações e esboços que narram de forma lógica as etapas principais, desafios, soluções, e oportunidades do projeto, visando criar uma conexão emocional com o público. O Storyboard facilita a apresentação dos benefícios e vantagens, ilustra a experiência do usuário e a jornada do cliente, e destaca os resultados esperados. Essa abordagem permite apresentar a proposta de valor, visão e benefícios do projeto de maneira envolvente e memorável, assegurando uma comunicação eficaz e organizada.
Para mim, como ponto principal de aprendizado, pude perceber a importância do diálogo e do entendimento dos
limites no processo de desenvolvimento. Ficou evidente como o trabalho colaborativo enriquece
significativamente o resultado final, tanto em termos de metrificação de esforço quanto em relação à entrega
do design.
Mesmo que a organização e moderação de dinâmicas e atividades, em grupo, representam
um grande desafio, os resultados alcançados compensam o esforço dedicado e levam à resolução de crises,
proporcionando aprendizados e trocas de conhecimentos incríveis.
CONTEXTO
Com o ecossistema de produtos da empresa já tendo seu roadmap desenhado para o ano, era
necessário encontrar oportunidades para validar hipóteses encontradas em muitas pesquisas feitas pelo time de
research. Foi a oportunidade ideal para criar um plano de ação para explorar e validar algumas dessas
hipóteses em busca, não só de inovar e melhorar os produtos atuais, mas de aproveitar oportunidades antes de
perder o timing de mercado.
SOLUÇÃO
A criação de um LAB de experimentação para buscar evoluir
os produtos digitais da empresa explorando novas ideias, metodologias e abordagens, em uma atuação que gere
entregas habilitadoras, reduzindo o tempo e os custos associados ao desenvolvimento, além de antecipar
possíveis necessidades dos usuários, oferecendo produtos e serviços mais alinhados com suas expectativas.
Ao
proporcionar um ambiente propício à geração de ideias, as diferentes áreas da empresa podiam trabalhar juntas,
compartilhando conhecimentos e experiências.
OBJETIVO DO PROJETO
- Descobrir oportunidades de
atuação utilizando informações existentes dentro da empresa;
- Potencializar e expandir atuação do time
de design;
- Criar um processo eficiente de atuação na construção e experimentação de novas soluções.
MEU
PAPEL
Ser um facilitador, promovendo a comunicação entre os stakeholders, identificando necessidades e
agendando reuniões, workshops e sessões de discussão relevantes, além de conduzir e orientar a equipe de
designers ao selecionar metodologias, validar resultados e oferecer recomendações práticas na construção da
metodologia de atuação do LAB.
TEMPO DE PROJETO
3 meses.
Expansão da atuação do time de design
Ao promover um ambiente de experimentação e coLABoração, o time de design é impulsionado a compreender o mercado, as tendências e as necessidades dos usuários de forma mais abrangente e, assim, desempenhar um papel estratégico no desenvolvimento e aprimoramento dos produtos digitais, resultando em um impacto direto nos resultados financeiros e agregando valor aos negócios da empresa como um todo.
No primeiro ciclo de debates sobre atuação do LAB, nos reunimos para realizar algumas sessões de co-criação
para respondermos algumas perguntas norteadoras:
- Vamos olhar para o que todo mundo está olhando ou para
o que ninguém está olhando?
- A atuação estará atrelada a squads?
- Vamos construir cases em
projetos para gerar inovações, não necessariamente disruptivas, mas que caracterizem inovações para a empresa?
Chegamos em um resultado inspirador:
"A proposta do LAB é impulsionar o uso da tecnologia para soluções inovadoras. A equipe terá autonomia para priorizar, desenvolver projetos e trabalhar em colaboração com outras áreas, buscando cultivar uma cultura de inovação e excelência."
Com essas definições, iniciamos o processo de Descoberta utilizando o duplo diamante como guia e metodologias diferentes para alcançar o resultado esperado e estruturar o LAB.
Durante um brainstorming e discussões em grupo, a equipe e stakeholders consolidaram a visão e objetivos do LAB, utilizando um mural para definir e entender o escopo, papéis, responsabilidades, e limites do LAB, distinguindo suas atuações e características (o que é e faz) das que não pertencem ao seu escopo (o que não é e não faz), alinhando assim com as necessidades do capítulo de Design.
Nesse momento era necessário encontrar as oportunidades de atuação do LAB analisando as últimas pesquisas realizadas pela empresa.
Realizamos uma Desk Research analisando pesquisas do time de Research para identificar problemas recorrentes e oportunidades negligenciadas, comparando essas informações com queixas da central de atendimento para fundamentar uma compreensão dos temas estudados e gerar hipóteses estratégicas. Na Matriz CSD, refinamos e agrupamos essas informações com o time de Produtos para priorizar hipóteses com potencial de impacto significativo. Na fase de Priorização, votamos nos temas estrategicamente mais relevantes, resultando na seleção de 12 possíveis projetos.
No laboratório de experimentação, adotamos uma abordagem flexível para integrar demandas ao processo do duplo diamante, permitindo que a equipe trabalhe em diferentes ritmos e ajuste o foco entre análises profundas e soluções objetivas. Além disso, empregamos o método de "T-shirt sizing" (PP, P, M, G, GG) para estimar o tamanho e a complexidade das demandas, facilitando a visualização, priorização e planejamento dos 12 temas selecionados.
Durante sessões de Planning Poker com representantes de produto, negócios e desenvolvimento, realizamos rodadas de avaliação para estabelecer um grid de esforço, distribuindo pontos para estimar o tamanho e complexidade das atividades de forma coletiva e colaborativa. Esta avaliação foi baseada em critérios alinhados com a realidade do desenvolvimento de projetos na empresa. Posteriormente, aplicamos uma fórmula matemática de priorização, utilizando os dados de esforço e valor para classificar objetivamente as demandas, considerando a estratégia empresarial para definir a importância de cada projeto.
Nesta etapa, reunimos todos os temas encontrados para debatermos como poderíamos dimensionar os projetos, em uma co-criação entre o time de Design e o time Tech, levando em consideração o histórico de atuação das equipes ágeis que trabalham no modelo Scrum.
Chegamos nesse resultado:
1º A iniciativa não possui pesquisas e dados prévios.
2º A
iniciativa já possui pesquisas e dados prévios.
3º A iniciativa já possui pesquisas e dados prévios e já
passou pela fase de ideação.
Na etapa do desenvolvimento, reunimos todo o conteúdo e partimos para a ideação, associando as diretrizes do projeto com todas as informações levantadas, criando conexões entre esses elementos. A partir destas ligações, fizemos o exercício de esforço e valor para conseguir chegar numa maneira de classificar as demandas.
Baseado nas maiores pontuações, selecionamos 2 projetos. Com isso tínhamos o processo de trabalho, fórmula de priorização e possíveis temas para usar como piloto da iniciativa.
Formatos e processo criados, era hora de tangibilizar tudo isso em um pitch para apresentação interna e receber um sinal verde para iniciar a atuação.
Portas de entrada
Mapeamento de iniciativas pelo próprio LAB
O mapeamento de temas e iniciativas se baseia em dados internos, problemas recorrentes e novas tecnologias para gerar soluções disruptivas e provocativas.
Temas trazidos por outras áreas e times
O recebimento das demandas será através de ferramenta de comunicação interna ou formulário com perguntas de reconhecimento e enquadramento, onde passarão por uma avaliação e serão direcionadas.
Portas de saída e entrega de valor
As entregas de valor estarão alinhadas com as necessidades e contextos das áreas envolvidas, com o objetivo de utilizar nossos recursos para promover o maior impacto com o menor esforço operacional e técnico.
O feedback positivo que recebemos dos stakeholders é resultado do trabalho conjunto e do impacto gerado internamente, dedicação e talento demonstrados por cada membro da equipe. Recebemos o aval da área de Atendimento ao Cliente para realizar o primeiro projeto, que é uma central de ajuda que vai atender todos os produtos internamente utilizados pelos clientes que utilizam as soluções B2C da empresa.
Números até aqui (primeiros 3 meses)
2 projetos em andamento;
06 áreas envolvidas;
25 pessoas envolvidas;
13 usuários frequentes
(grandes clientes / testers);
19 workshops com time;
Designers talentosos e peças importantes no processo de entendimento e criação de todas as etapas do LAB onde se dedicaram e ajudaram a tornar o projeto em uma realidade.
Áreas Estrategicas (Negócio, Marketing, Atendimento, Comercial, Jurídico, etc...)
Análises, feedbacks, recomendações e insumos.
Área de Analytics Dados, Insights, etc...)
Insumos e análises com dados qualitativos, demanda testes A/B.
Layouts, fluxos, protótipos, recomendações, casos de uso, feedbacks.
Problems are inevitable. Problems are solvable. Solutions create new problems.
Steven Pinker
Cientista Cognitivo de Harvard